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sábado, 27 de maio de 2017

27 de Maio de 1977

                  O que diria Simão Toco de tudo isto?



Semana dura esta que agora termina.
  Há 40 anos eu já não lisonjeava os homens ou as massas, diante de quem tantos se curvavam e curvam no mundo de hoje, em subserviências que são uma hipocrisia ou uma abjecção… Sou, tanto quanto se pode ser, um homem livre.
  E foi por isso que há 40 anos abandonei a minha terra.
Há 40 anos ocorreu a “inventona” do 27 de Maio em Luanda. O regime comunista de Agostinho Neto (poeta ??) proclamou que a partir daquela data já não havia meias tintas, ou se era pela revolução ou se era contra ela e assassinou milhares de filhos da pátria angolana.
  Os artistas que eram detentores da alma Angolana e que transportavam todo esse legado musical foram assassinados no 27 de Maio de 1977. 
  A Comissão das Lágrimas composta por gente que se supunha ser gente de bem, foi o trampolim usado pelo regime para mandar assassinar milhares de angolanos.

A ligeireza com que mataram tantos angolanos culpabilizando a sua opinião divergente foi e é de bradar aos céus.

  Mas os bandidos tiveram com quem aprender durante 500 anos. Foram alunos exemplares. Saíram melhores que os professores. Por aqui grandes empresas também “inventaram” a avaliação do potencial dos seus trabalhadores que permitem a alguns pulhas desonestos “crucifixar” aqueles que de si dependem hierarquicamente. Numa folha de papel colocam uns números que soam às antigas chicotadas nos escravos e às antigas pedradas nos cães. É crime maltratar os animais. Os “avaliados” ficam a aguardar por melhores dias.
  Tive amigos que partiram no 27 de Maio e agora tenho amigos que são “chicoteados” ou “apedrejados”. É assim a miséria humana.
  Mas nem tudo é mau. O filho do Presidente, irmão da Isabel dos Santos (que singrou na vida a vender ovos), comprou num leilão em Cannes, um relógio por meio milhão de euros.
  Bendita Revolução, Danilo dos Santos. O Povo é o MPLA. O MPLA é o Povo.
  Euros e dólares não faltam. O que é preciso é avisar a malta que há quem queira bons relógios, para saborear boas horas.

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